Monday, June 18, 2007

Eu e a década,a década e eu, eu na década e a década em mim


Confesso que pela primeira vez em 8 edições animadíssimas da parada, onde eu chegava na rua augusta já sem saber quem eu era e ainda por cima mijava na rua como uma cachorra qualquer, confesso que nessa última edição não estava afim de ir, deu um bode, um o que eu vou fazer lá ?
Depois de refletir eu decidi ir...a reflexão era um retorno a algumas das minhas terapias em que eu fiquei indignado em uma das paradas, onde alguns só estavam interessados em trepar e pegar camisinhas que eram jogadas dos carros...
Eu me disse, bom a parada não é um movimento político organizado e sim uma festa política onde o que conta é a quantidade de pessoas que ela consegue levar às ruas e mais uma vez provou sua mobilização (seja pelas pessoas que vão beijar, pegar camisinha, tomar chapinha, entre outras coisas) o importante é a visibilidade que ela trás e que mesmo sem vontade política os políticos tem que nos enxergar, pois somos muitos...sem contar a movimentação finenceira que ela trás para São Paulo.
Nesse sentido a parada está cada vez se especializando em mercantilização, mas não importa se esse é o caminho para conquistarmos o que tantos queremos, é válido, contanto que a gente não perca de vista o porque estamos sendo enxergados( isso explica bem porque a parada não foi para o Ibirapuera, lembram ?)
Depois disso tudo ainda pensei, bom o que importa não é se o outro vai ou não, se ele sabe ou não porque está lá, o que importa é que eu sei porque EU estou lá( em Fevereiro um professor de filisofia foi espancado na rua da Consolação por um grupo, também em Fevereiro um rapaz foi esfaqueado na rua Augusta por ser homossexual, tem bofes gostosos nos carros(cada vez menos), tem cerveja gelada e a festa é sempre muito divertida)) estou lá por tudo isso e um coisa não anula a outra. E com isso uma década se encerra.

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