qdo coloquei a mao naquela macaneta, girei, abri lentamente aquela conhecida porta, e me deparei com algo tao familiar, tao presente, tao " algo que ficou"
sentei na mesma poltrona onde sempre esperei ser chamado, olhei os mesmos quadros na parede, reconheci a todos
a mesma jarra de agua coberta com redinha com pedrinhas de cristal azul na borda
...Francisco, vamos entrar, ela disse
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh
entrei na mesma sala, percebi o movel de madeira que serve de escrivaninha novo, as almofadas de cores diferentes, mais minha cadeira branca e a recoberta de veludo preto ainda estao la, o divan, que usei 2 ou 3 vezes no maximo, tb
o mesmo quadro q sempre me intrigou, ainda na parede, sera um utero, uma vagina, nao sei, mais uma representacao feminina muito inttensa, sentei ali e falei, como se estivesse estado ali, na semana anterior, e se passaram 2 anos praticamente
estou eu la de novo, mais com outras questoes
nao sabemos se vamos ficar mais 10 anos, ou se dura apenas mais 1 encontro, jah marcado para segunda feira proxima
dessa vez, nao estou sem chao pra pisar, apenas com a sensacao de estar numa corrida de obstaculos, pelos quais se pula por cima sem ver se cairam, ou ainda estao lah de peh.
um deslocamento de eixo, envelhecendo, talvez, amadurecendo, talvez, a sensacao da finitude de tudo, nao acho ruim, muito pelo contrario, gosto disso na vida, sim tenho medo de perder meus amigos, meu namorado, dinheiro, conforto, etc, mais a possibilidade de perder e inerente em tudo na vida, tao bom se a gente jah entrasse nas coisas com isso ok, sim posso perder, fracassar, mais oq fazemos com a possibilidade de dar certo?
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