Tuesday, September 01, 2009

Tudo ao mesmo tempo agora

Tenho percebido que é assim mesmo.
Um dia voce leva as cinzas da amiga pro mar, mesmo contra a vontade, pois o que poderia ser uma celebração por tudo de bom que vivemos juntas(poderiamos ter brindado na beira da praia com uma boa champanhe, jogado purpurinas e coisinhas coloridas junto àquelas cinzas, pois pra mim ela já não está por aqui há muito tempo, talvez tenha vindo exatamente para a festa), a coisa se transformou em mais um velório. Homenagem é bom mais cansa, principalmente quando não tem nada a ver com a falecida, mas fazer o quê ? Talvez deixar o seu próprio cerimonial todo pronto com um roteiro para as amigas que ficarem poder cumprir sem problema algum.
Corre-corre de cursinho, receitas, curso de empreendedorismo. Tudo isso acontece ao mesmo tempo que dor e sensação de perda fica solta dentro procurando o lugar, como se houvesse uma molécula solta procurando sua ligação.
A terapia que muda de endereço e o lugar está em reforma, com pedreiros, entulho.
Quero remarcar, pois não me sinto a vontade ali, mas não desisto, fico e vejo no que dá até que uma sensação de bem estar me invade, mas era interna, e claro por saber que mesmo naquele lugar, havia minha terapeuta.
Conversamos sobre tudo isso e fiquei pensando que talvez seja esse mesmo o momento de lidar com tudo isso, é o que a vida deu agora, vou adiante no meio do entulho.
O sentimento de burrice constante e quase desanimador mas não desisto, não sou mais brasileira.
Percebo como uma nova empreendedora, como deixamos de planejar as coisas, como vamos fazendo tudo num atropelo, mas quando o professor disse isso eu pensei - A vida é assim mesmo - Até que ele perguntou o que as pessoas fazem na lua de mel.
Planejam, planejam juntas para onde vão, qual a agência de viagens, qual o hotel, onde vaõ passear, quanto vão gastar e tudo o mais.
É verdade, claro que tem seus atropelos no meio do caminho, mas planejam.
Vou adiante...

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